quinta-feira, outubro 23, 2003

Procurando o Retrato de Dorian Gray

Ontem estive no IST e notei como todos eram tão novos e senti as marcas do tempo em mim.
Como gostaria de encontrar o meu Retrato de Dorian Gray que pudesse transformar contenção em espontaneidade, ponderação em sonho, outono em primavera, rosto em sorriso.

Olé

Joaquín Cortés.
não saí deliciada. devo ser feminista ou outras coisas piores ou melhores.

as mulheres do grupo cantavam sentadas. muito simbolismo toureiro e demasiada virilidade nua e crua.

passei o tempo a pensar o quanto gostaria de ver a interacção dele com uma mulher a dançar e fez-me lembrar a lenda de Platão, a história do Andrógino, segundo a qual

na origem da humanidade existiu um monstro redondo com duas cabeças, quatro braços,.......e dois sexos.
Zeus, preocupado com a vitalidade do monstro, decidiu enfraquecê-lo e separou-o em duas metades iguais, como quem - no dizer de Platão- corta um ovo cozido com uma lâmina afiada.
Desde então, essas metades, as de sexo feminino e as de sexo masculino, vão andado pelo mundo, teimosas, procurando a metade de sexo diferente, que as complete e lhes permita reconstituir o mostro redondo das origens.

quarta-feira, outubro 22, 2003

Estás por aí ?

"Coisa boa", estás por aí ? é que por aqui também estás ...no sofá ao meu lado e eu a piscar-te o olho!
(saudade)

terça-feira, outubro 21, 2003

Ai!

- Contagiar um entusiasmo pelo qual não se padece.

AI

- A voz rouca a falhar, e a ser projectada para uma audiência, como um animal mal tratado pelo dono, como diz o outro.

AI

-O olhar não nos atraiçoar!

AI!
_________

e finalmente a fuga " obrigado por terem estado comigo"

entrar no carro e o pensamento

________________O silicone já pode ganhar a batalha do cimento.

rir-me de mim própria.

chegar a casa, tipo " melhor é impossível":

David Darling, cycles 1,2, 3, 4 ---é esta:

_______________________________ODE

sentar no sofá até a campainha tocar, abrir a porta, e receber o abraço do vizinho que reconhece estados de alma pela música da canalização.

domingo, outubro 19, 2003

O Pajem
Sozinho de brancura, eu vago - Asa
De rendas que entre cardos só flutua...
- Triste de mim, que vim de Alma prá rua,
E nunca a poderei deixar em casa ...

Mário de Sá-Carneiro