sexta-feira, setembro 03, 2004

Dia sem carro
Decidi que hoje seria o meu dia sem carro. comprei o andante para o metro e o resto foram as perninhas a mexer …
Foi como pregar uma partida a alguém__rimos a planeá-la e a executá-la.
bom. foi um dia BOM.

Zé?

E em vez de liberdade pessoal prometem-te liberdade nacional. Não te prometem dignidade pessoal mas respeito pessoal mas respeito pelo Estado; grandeza nacional em vez de grandeza pessoal. […] É por isso que eu tenho medo de ti, Zé ninguém, um medo sem limites. Porque é de ti que depende o futuro da Humanidade. E tenho medo de ti porque não existe nada a que mais fujas do que a encarar-te a ti próprio. Estás doente, Zé Ninguém, muito doente, embora a culpa não seja tua. Mas é a ti que cabe libertares-te da tua doença…
(Wilhelm Reich, Escuta Zé Ninguém Pág. 28 )

Livro a distribuir à saída de Madison Square Garden, por favor….

P´ra casa já!

Escrevia eu há uns tempos sobre globalização :
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Assistimos à destruturação das culturas locais, à deslocação das populações, grupos sociais e suas normas, bem como à destruição dos recursos ambientais.
A negação de valores multiculturais, o direito a que culturas africanas, comunidades indígenas, grupos islâmicos exerçam a liberdade de criar novas formas de democracia tem sido problemático e criado limiares de pobreza inaceitáveis, marginalização e ostracismo não de massas mas de seres humanos que devem ser tratados como gente e não como meros objectos ou marionetas. Ainda há poucos meses, assistimos em França à proibição da utilização de hidjab nas escolas públicas, pelas raparigas procurando estas, inserir-se na sociedade sem quebrar a sua identidade; que nos serve como exemplo da ponta do iceberg do racismo e xenofobia que se tem vindo a desenvolver por todo o mundo……..
………..
Hoje a lei foi posta em prática. ( para mim ainda hoje) É tempo de escondermos as cruzes, guardar as hidjad nas gavetas.
Resguardemo-nos em casa.

terça-feira, agosto 31, 2004

doce de jenipapo

Não existe mistério.
Cedo pela manhã, manhãs que eram só dela, tentava encontrar um jardim pouco poluído de gente e cumpria o seu ritual.________________
O ritual começou há anos quando ao acordar percebeu que já não sabia o que era um abraço. Repetia a palavra. E quanto mais a repetia mais estranha lhe parecia.
Foi quando começou o ritual.
No jardim abraçava um árvore_____

Quando te cruzaste com ela não sabias nada. Quando pensaste em tocar-lhe na mão já ela te abraçava.


Quando pensavas que estavas perdido nas malhas da tua imaginação porque ao longe uma voz chamava por ti____
______________ jenipapo


Não imaginavas que
Hoje soletras a palavra.. e feito louco és tu quem abraça uma jenipapeira no jardim da casa quando ela tarda em chegar.

depois de:
Quando me cruzei com ela sabia que tinha de provocar um contacto físico. Talvez apenas tocar-lhe na mão. Num braço. Tinha de a fazer sentir a minha pele. E mais do que isso tinha de sentir a dela. Acreditava intuitiva e loucamente que se assim acontecesse ela ficaria irremediavelmente retida nas malhas da minha imaginação. do
wilson

Lobos

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A história diz que lobos e outros mamíferos, usavam este lugar para passar de uma margem para a outra do Guadiana.
associado a este lugar (para mim mágico) existem lendas que a minha imaginação gosta de barallhar e criar.
Eu dei um pulo de alegria quando vi o pulo do lobo.

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Fotografia de Nanã Sousa Dias